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Perspectivas Positivas

A eletroforese catódica ganhou destaque como sistema de proteção à corrosão na indústria automobilística na década de 70. Em 1977, nos Estados Unidos, a técnica se consolidou no setor automobilístico, quando o processo de pintura passou a ser realizado por imersão.

Neste sistema, a peça inteira imerge em um tanque gigante, com capacidade média para 250 mil litros de tinta, o que garante que toda sua estrutura seja atingida de modo uniforme, um requisito importante quando se aplica o tratamento em um componente rico em detalhes, como ocorre na indústria automobilística. Desde lá ela se estabeleceu e ainda hoje é considerada uma das melhores técnicas anticorrosão.

Produtividade e uma boa relação custo-benefício. Este é o resultado obtido com o processo que cobre completamente peças complexas com um filme uniforme e de alta resistência química e mecânica, fato que faz com que a eletroforese seja adotada globalmente pela indústria automotiva.

No entanto, para que a pintura apresente o desempenho desejado, seja em termos de qualidade, operacionalidade ou economia, um bom “sistema de filtragem” é indispensável para remover contaminantes, que podem ter sido carregados pela peça, desprendido das paredes do tanque/ tubulação, provenientes do próprio ambiente ou resultantes das reações químicas geradas pelo processo.

Outro fator decisivo é o alto desempenho. A eficiência da aplicação da tinta é de 99%. Além disso, um tanque de pintura por eletrodeposição catódica é abastecido por dois insumos: água, 80% do total, e tinta. Pretendeu-se que ele incorporasse as funções da tinta de fundo, a primer, que atua como um enchimento, reduzindo defeitos e falhas das chapas de aço.

Para isso, aumentou-se a espessura da camada da tinta eletroforética de algo como 15 a 17 microns para mais de 30 microns. Em pouco tempo voltou-se para uma espessura na casa dos 18 aos 20 microns. Desde então, a evolução da tinta eletroforética busca robustez e melhoria no processo de aplicação. Um desses avanços é a redução da base sólida na tinta, a pigmentação, o que melhora seu rendimento e a torna mais econômica.

A eliminação dos metais pesados entre os componentes da tinta, destacando o chumbo, também é outro grande avanço, o que acontece para atender uma legislação européia, que determina que os automóveis comercializados naquele mercado estejam livres de metais pesados.

No Brasil, a legislação ambiental não é tão exigente. Mas as montadoras exportadoras estão atentas à norma.

Fonte: Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico – CDT/ UnB